Um Alerta aos Professores

Professores de SP denunciam: “Serra não negocia e manda bater”

Segue abaixo matéria publicada no site Brasília Confidencial. A reportagem aborda a maneira truculenta que a Policia Militar do Estado de São Paulo, comandada por José Serra, trata os professores da rede pública estadual. Após invadir a USP e bater em estudantes, no ano passado, agora começou a bater em professores. E o pior é que o governador Serra ainda pretende governar o Brasil. 

Tropa de Serra agride, fere e prende professores

“O governador José Serra não negocia e ainda manda bater no professor”. Esta é a opinião da presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo (Apeoesp), Maria Izabel Noronha, sobre o episódio em que grevistas foram agredidos por policiais da Força Tática durante manifestação ocorrida na manhã da última quarta-feira, 24/03, em Franco da Rocha, na grande São Paulo. Na ocasião, quatro manifestantes foram detidos e alguns ficaram feridos.
Segundo Maria Izabel, a foto de primeira página do Brasília Confidencial desta quinta-feira, 25/04 – que mostra um policial militar imobilizando um manifestante pelo pescoço utilizando um cassetete –  é o retrato da maneira como o governador paulista, pré-candidato à presidência da república, tem tratado o funcionalismo público estadual e, principalmente, o magistério. “Não é só agressão física. O que doí mais no professor é ele não reconhecer a greve, se recusar a negociar e ridicularizar o movimento, dizendo que ele atinge somente 1% das escolas. O professor tem sentido na pele de muitas maneiras o que é ser governado pelo PSDB”. A categoria reivindica reajuste de 34,3% nos salários, entre outros itens.
Izabel diz que o governador Serra acabou fortalecendo, sem querer, a greve ao ter anunciado a concessão de bônus (concedido a professores e funcionários de escolas que apresentaram melhor desempenho em relação a ano anterior) em pleno movimento, tentando enfraquecê-lo. “Sentimos uma adesão ainda maior, já que somente uma em cada nove escolas do estado foram beneficiadas com a bonificação. A grande maioria não recebeu nada, aumentando o descontentamento da categoria”, disse ela, que acredita na participação de cerca de 100 mil professores na assembleia prevista para acontecer na tarde desta sexta-feira , 26/03, em frente ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. “Será a resposta que a categoria dará a Serra por menosprezar o movimento e fugir da negociação”.
A presidente da Apeoesp acusa ainda Serra e o secretário da Educação, Paulo Renato Souza, de criar vários métodos de avaliação dos professores apenas para poder justificar a realização de cursos de qualificação, em que são contratadas empresas de consultoria terceirizadas. “A ex-secretária da Educação, Rose Neubauer, é uma das que deixou o governo de Geraldo Alckmin para abrir consultorias na área de educação e prestar serviços aos governos do PSDB. Todos os cursos são ministrados por gente ligada aos tucanos”, revela.